Recensão Crítica - A Evolução da Arquitectura Moderna em Portugal
No seu todo, este capítulo é uma reflexão que apresenta uma crítica e não uma simples descrição do desenvolvimento da Arquitectura (desde meados do século XVIII até aos anos 60 do passado século), na qual Nuno Portas procura denotar o seu pensamento face a alguns acontecimentos marcantes desta época. Como base no seu estudo, encontra-se a vasta obra de pesquisa de José Augusto França e escritos de Vieira de Almeida, Luís C. Cunha, Gomes da Silva, entre outros autores que o auxiliaram a perpetuar algumas ideias divulgadas na revista Arquitectura (na qual também escrevia textos e que lhe permitiram receber o prémio Gulbenkian de Crítica de Arte, em 1963).
O texto em questão encontra-se dividido em quatro subcapítulos que enumeram todas as fases da Arquitectura e Urbanismo modernos e explicitam qual o papel do arquitecto (e como este evoluiu) na contribuição para ambas as áreas. Nomeadamente, por ordem de leitura: “As Décadas Obscuras”, “O Efémero Modernismo”, “A Resistência” e “A Abertura Relativa e As Clivagens Inevitáveis”.
Destacam-se, apesar desta organização, algumas ideias que Nuno Portas tece relativamente à Arquitectura denominada moderna. Citando algumas das suas palavras, a “incapacidade de renovar o movimento internacional face ao contexto real do país (…) para fortalecer qualquer acção de ruptura que não fosse apenas momentânea, ou de moda” 1 constitui um dos problemas na introdução do modernismo em Portugal traduzido na cópia integral de modelos e tipologias desadequados ao nosso país.
Esta sua