Exclusão social, socioantropologia
O aumento da violência nas grandes e médias cidades é sentida , pela maioria da população nas sociedades ocidentais.
Nesse fenômeno chamado violência urbana, é possível, através do reconhecimento de um cenário de pobreza, onde vive uma parcela considerável dos habitantes, se verificar a existência de uma dialética da violência
Neste sentido, torna-se plausível sugerir uma relação estreita entre os processos de exclusão social e as violências cotidianas.
O Bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os
Detritos.
Quando achava alguma coisa;
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um rato.
O bicho meu Deus, era um
Homem.
Os “Novos pobre”
Passamos a ver a implementação de uma série de políticas neoliberais, a partir da segunda metade da década de 1970.Nesse momento o processo brutal de exclusão social passou a produzir uma camada de indivíduos denominada pelos cientistas de “subclasses”, “camadas irrelevantes”, “inúteis para a vida”, “camadas descartáveis” ou “desfiliados”
Segundo Wacquant, a pobreza passou a ser entendida como um resíduo de desigualdades e atrasos passados ou como o produto de deficiências individuais, de todo modo um fenômeno destinado a retroceder e desaparecer com plena modernização de nação.Com esse processo de exclusão social presenciou-se a existência do “melhor dos mundos” e o “pior dos mundos”.
O Desemprego
As consequências deste novo processo de exclusão social têm no desemprego a sua face mais visível e que não atinge somente as camadas subalternas,mas também camadas médias.
A exclusão de violência em 1992 na cidade de Los Angeles, não foi exclusivamente um protesto afro-norte-americano contra a flagrante discriminação racial perpetrada pela policia...
Foi também uma ‘revolta contra a fome’, contra a pobreza, a carência e as severas agruras materiais trazidas pela recessão econômica e pelos cortes