Introdução Nos últimos anos o futebol se caracterizou pelo salto qualitativo na área do treinamento e, conseqüentemente, na performance dos atletas e das equipes. Concepções táticas variadas, didáticas e modelos de treinos diferenciados e a interdisciplinaridade de tratamento dos atletas são algumas mudanças no futebol atual. Este futebol moderno requer que os atletas estejam em constantes deslocamentos com ou sem a posse de bola, e esse aumento considerável de suas funções lhes rendeu inclusive a denominação de jogadores "universais" (Godik, 1996; Barros et. al., 2001; Leal, 2001). Isso transformou a preparação tática numa área de crescente interesse e a prova disso são os diversos sistemas de jogo e ações táticas que surgiram e estão surgindo com a evolução do esporte. A tática de acordo com Greco (1992) envolve processos cognitivos e exige uma capacidade de raciocínio muito apurada por parte dos aprendizes-atletas. A todo o momento, durante a partida, o atleta é colocado em situação de reflexão, avaliação e tomada de decisão, onde o componente tático é imprescindível. De acordo com Paoli (2000), nos primeiros anos da categoria infantil, 13-14 anos, torna-se necessário que os atletas-aprendizes experimentem, vivenciem situações de padrões táticos ofensivos e defensivos que os habilitem para aplicações durante o jogo. Greco (1992) estabelece que o desenvolvimento das capacidades táticas permita oferecer ao atleta subsídios na busca de soluções às tarefas problemas que a situação de jogo, competitivo ou não, impõe. Para isto, é necessária uma programação consciente, metódica, progressiva e planificada de fatores para desenvolver a capacidade de percepção, antecipação e tomada de decisão, assim como da análise do resultado, gesto empregado e na tomada de consciência (nova percepção), que são os pilares básicos na estrutura do treinamento (Greco e Benda, 1998). No entanto, para que os atletas iniciantes tenham uma compreensão mais