Introduão
Umas das formas mais antigas para prevenção de doenças é a prática do uso de plantas medicinais visando efeitos terapêuticos. Várias comunidades acreditavam no poder curativo das plantas, tornando-o uma prática de conhecimento popular. No Brasil, os índios utilizavam as plantas como remédios e obtinham êxitono resultado. Durante muito tempo, essa prática foi bastante utilizada no mundo todo, levando a busca pelo alívio, e cura de doenças.
O saber popular ou ciência popular são os múltiplos conhecimentos produzidos por homens e mulheres, que são obtidos a partir de observações, formulação de hipóteses e generalização e de modo solidário (CHASSOT, 2000; 2003). Lopes (1997) completa ainda que o saber popular seja aquele associado às práticas cotidianas das classes destituídas de capital cultural e econômico. Dentre os diversos tipos de saberes populares, destacamos a medicina caseira. Este tipo de medicina utiliza-se de plantas para a confecção de medicamentos ou fármacos com diversas finalidades, e tem sido adotado amplamente por populações indígenas e rurais ao longo de milênios. Trata-se do Plectranthus barbatus, ou seja, o boldo do O coleus apresenta-se em forma de folhas grossas e vilosas de uma coloração verde claro, com um cheiro aromático e característico. Existindo varias subespécies do mesmo com características semelhantes vegetais de origem africana, geralmente trazidas pelos o s escravos Os boldos pertencem a um grupo de espécies com propriedades colagogas. O verdadeiro boldo é o boldo do Chile, Peumus boldus Molina, que, no Brasil, é confundido com o falso boldo, Plectranthus barbatus Andr. Entre os boldos, os mais utilizados, popularmente, no Brasil, são o boldo do Chile, Peumus boldus Molina, o falso boldo, Plectranthus barbatusAndr. E o boldo baiano, Vernonia condensata Baker (Furlan, 1999; Morais et al., 2005; Agra et al., 2007 & 2008). Na primeira Farmacopéia Brasileira, de 1929, a planta conhecida como “boldo” era o boldo do