Introdu O A PP
Antes do final do século XIX, novos serviços e produtos começam a marcar presença entre os artigos anunciados. Podiam ser encontradas propagandas de hotéis, lojas e remédios (cujas peças ficam cada vez mais numerosas). A medida que o século vai chegando ao seu final, textos de autores conhecidos, incluindo rimas fáceis e poesias curtas vão se incorporando a linguagem publicitária. Em 1908, é realizado um concurso de cartazes publicitários para o xarope Bromilum, cuja intenção era utilizar-se de poesias. Olavo Bilac, um grande poeta e jornalista brasileiro, foi um participante deste evento. Alguns dos anúncios apresentados começam também a serem ilustrados. Essas ilustrações eram originalmente criadas por artistas plásticos e, então, podemos encontrar os primeiros contatos produtivos entre a arte e a propaganda.
Em 1989, há o aparecimento de O Mercúrio, primeiro como jornal trimestral, depois diário, dando início a propaganda comercial. Mas, é a partir de 1900, quase cem anos depois de o primeiro anúncio ser publicado, que a propaganda começa a se tornar uma constante nos diários, começando com classificados à grandes ilustrações. É o momento em que mudou a tônica da imprensa para as revistas.
Ricardo Ramos, cronista, jornalista, professor e filho do escritor Graciliano Ramos, afirma que, em 1900, com a publicação das revistas semanais ilustradas, via-se uma nova atmosfera: “Agora é o instante da crônica social, da charge, do soneto... tempo de Bilac, das fotos das senhorinhas, dos ecos parisienses. Sustentando isso tudo, principia uma propaganda regular.”
Assim, os anúncios acompanharam o aperfeiçoamento das técnicas de impressão e passaram a ser produzidos com o uso de cores, de ilustrações e