Intocaveis
Julho/2014
Introdução
Esse trabalho tem por objetivo propor uma análise do filme “Intocáveis (2011)” a luz das ideias de Martin Buber sobre a relação dialógica fundamentada nas palavras- principio Eu-Tu e Eu-Isso, também se faz necessário recorrer aos preceitos propostos por Carl Rogers a respeito de como um ambiente facilitador vai promover as tendências formativa e de realização.
Essa atividade é de suma importância para desenvolver uma maior criticidade e reflexividade para observar o mundo segundo a perspectiva da psicologia fenomenológica existencial aprendida ao longo desse semestre.
Este é um filme que tem a capacidade de envolver os espectadores com sua história baseada em fatos reais que mostra a relevância da relação entre pessoas de realidades sociais completamente diferentes, contribuindo assim para o crescimento pessoal de cada um de forma reciproca.
Intocáveis: Uma Visão Fenomenológica e Existencial
O filme francês se passa em Paris onde um tetraplégico rico, chamado Philippe, procura alguém que possa trabalhar como seu cuidador e acaba escolhendo Driss, um rapaz pobre que está enfrentando problemas judiciais após passar um tempo encarcerado. Driss contrasta com os demais pretendentes, já que os outros ignoravam a subjetividade de Philippe e observavam apenas o óbvio e limitado paciente em sua cadeira de rodas.
Um relacionamento que começa de maneira desastrosa e vai progredindo para uma amizade verdadeira que proporciona uma troca de experiências entre dois opostos. O filme trata com leveza e dignidade um tema tão dramático e delicado, principalmente pela possibilidade em nos instigar a perceber que as limitações, mesmo graves e determinantes, podem ser ajustadas e possíveis, afinal destinos frágeis também são destinos dignos.
Martin Buber desenvolveu uma ontologia da palavra dando a esta um sentido de portadora do ser. É através da palavra que o homem se situa