Intervenções militares - bull
Para Bull, a ordem requer justiça, mas não é absoluta, podendo ser organizada para um objetivo, mas desorganizada para outro. Na ordem internacional, existe um padrão de atividades que sustenta os objetivos primários da sociedade de Estados. A ordem mundial, por sua vez, pode ser traduzida em um padrão de atividades que sustenta os princípios elementares da vida social entre a humanidade, é mais fundamental, pois, lida com o individuo, e está preocupada em garantir os objetivos políticos, mas não somente, incluindo os objetivos individuais. A preservação do sistema e a manutenção da independência dos Estados é um objetivo subordinado à preservação do sistema, logo, de acordo com o autor se um Estado colocar em risco o sistema, o valor que prevalece é o primeiro.
Entretanto, a ordem só é mantida na política mundial a partir da criação de regras. Considerando também a colaboração dos Estados em instituição da sociedade internacional. A sociedade internacional, na visão de Bull, deveria ser capaz de mostrar aos países de uma forma geral, que todos tinham o interesse mútuo de manter a ordem. Tal fato demonstrado na incorporação das demandas por justiça, através do consenso e do diálogo em primeira instância. Quando tais recursos não são suficientes, a sociedade internacional pode adotar outras maneiras de manter a ordem; um dos mecanismos adotados pode ser a intervenção humanitária. Os direitos embutidos ao homem estão no cerne dos impulsos intervencionistas. A tendência cosmopolita ou solidarista, presente na reflexão sobre as intervenções, é um conjunto de regras de coexistência, mas pode ser traduzida na busca de ganhos comuns e o gerenciamento de problemas coletivos, deste modo, tem foco nos Estados, porém, o elemento da preocupação com os indivíduos está presente.
A intervenção na Líbia vai muito além da preocupação do bem estar da humanidade e envolve