fraude - banco panamericano
Os principais sites, jornais e telejornais do país inundaram o noticiário abordando o caso do Banco Panamericano, controlado por Sílvio Santos. O banco apresentou algumas inconsistências em seu balanço, que encobriram por algum tempo um rombo próximo a R$ 2,5 bilhões de reais. O rombo no Banco Panamericano, do Grupo Silvio Santos, é o resultado de um acúmulo de irregularidades contábeis desde meados de 2006. O banco inflava seus balanços por meio do registro de carteiras de créditos que haviam sido vendidas a outras instituições como parte de seu patrimônio. A maquiagem permitiu que o valor da empresa fosse incrementado antes da abertura de seu capital, em novembro de 2007. Mas não pode blindá-lo contra a crise de crédito em 2008. No ano seguinte, 2009, o Panamericano teve 49% de seu capital votante comprado pela Caixa Econômica Federal. O que ainda não se sabe é como irregularidades tão grandes passaram pelo crivo de tantas instituições e por que só foram descobertas este ano pelo Banco Central.
Entendendo o caso:
O Banco Panamericano
Com um total de bens e direitos no ativo no valor de R$ 11,9 bilhões (dados de junho, já que o balanço do 3º trimestre ainda não foi divulgado) e 2,1 milhões de clientes ativos, o Panamericano é o 21º maior banco do país. O banco é controlado pelo Grupo Sílvio Santos e tem a Caixa, “o banco que acredita nas pessoas“, como um dos principais sócios.
Rombo
Em outubro, o Banco Central detectou um rombo de R$ 2,5 bilhões no Panamericano, pois o balanço não estaria refletindo as reais condições da instituição. Um dos principais problemas é que o banco manteve em seu balanço carteira de ativos que já haviam sido vendidas.
Participação da Caixa
A Caixa Econômica Federal comprou em dezembro de 2009, por R$ 739,2 milhões, 49% do capital votante e 35% do capital total do Panamericano. A Caixa diz que a operação foi feita “adotando as melhores práticas do mercado”, mas fica a pergunta: Por que o rombo não foi