Intervenções em centros urbanos
Heliana Comin Vargas
Ana Luisa Howard de Castilho
Os centros das cidades têm sido identificados como o lugar mais dinâmico da vida urbana, decorrentes da marcante presença das atividades terciárias (aquelas que incluem o comércio e os serviços varejistas). Historicamente eleitos para a localização de diversas instituições públicas e religiosas, os centros têm a sua centralidade e o seu significado, por vezes, extrapola os limites da própria cidade.
No entanto, quando a expansão das áreas urbanas intensifica-se de modo espontâneo ou planejado, essa noção de centro começa a diluir- se pelo surgimento de uma rede de subcentros, que passa a concorrer com o centro principal. Observa-se , no decorrer da história, que os centros das cidades têm recebido diversas adjetivações: centro histórico, centro de negócios, centro tradicional, centro de mercado, centro principal ou, simplesmente, centro.
A definição de Centro, portanto, implica a presença de uma cidade de diversidade étnica. Intervir nos centros urbanos pressupõe não somente avaliar sua herança histórica e patrimonial, mas, principalmente, precisar o porquê de se fazer necessária a intervenção. Essa idéia de intervenção sustenta- se na identificação de um claro processo de deterioração urbana que pode ser entendido por analogia aos termos provenientes das ciências biológicas.
Os conceitos de deterioração e degradação urbana estão frequentemente associados á perda de sua função, ao dano ou á ruína das estruturas físicas, ou ao rebaixamento do nível do valor das transações econômicas de um determinado lugar. Essa imagem de deterioração/degradação e seus efeitos afetam os diferentes atores envolvidos de forma distinta, de acordo com os respectivos interesses, cada vez mais internacionalizada. As intervenções urbanas propostas e executadas de modo a conter esse processo têm apresentado diversos objetivos e estratégias com resultados.
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