Interseção economia local/festivais gastronómicos
É inquestionável que a realização de todo o género de eventos gastronómicos, sejam eles o Festival do Marisco em Olhão, ou a campanha “Sabores de Chaves”, que enaltece tanto os pastéis com o nome da cidade como o fumeiro regional, é um poderoso estimulante para o crescimento da economia, ao atrair turistas, procurando diminuir os efeitos da sazonalidade.
Um dos pontos fulcrais que se pretende desenvolver é a procura não só de turistas, mas também a integração dos locais como forma de potenciar os produtos da região surgindo assim um incremento da venda e procura desses mesmos produtos, contribuindo para a “globalização” tanto da região, como dos “frutos da terra”.
É necessário ter em conta que muitas famílias vivem da produção de produtos regionais, e este tipo de eventos promove de forma incomparável a comercialização dos mesmos acabando por confiar nas tradições ao mesmo tempo que publicita um investimento na comercialização deles; em muitos casos estes mesmos eventos constituem a única oportunidade dos agricultores de um concelho escoarem e darem a conhecer o produto que ao longo do ano produziram, como é o caso, por exemplo, do “Festival de Sabores Mirandeses” que, como o próprio nome indica, se prende à gastronomia transmontana.
Naturalmente surge como efeito secundário que o turista não se fica pelo evento e acaba por querer integrar-se um pouco na cultura e busca conhecer a região em si, ou pelo menos os momentos mais importantes da sua história ou os marcos mais importantes do local do evento, o que tem como consequência investir ainda mais no comércio local fomentando assim a economia como já vimos em cima. Note-se sendo assim que a publicidade efetuada ao evento se torna crucial, na medida em que o despertar do interesse do turista apenas para a gastronomia não