interpretação de texto
A linguagem permite ao homem estruturar seu pensamento, traduzir o que sente registrar o que conhece e comunicar-se com outros homens. Ela marca o ingresso do homem na cultura.
A linguagem prova clara da inteligência do homem. Ela tem sido “um campo fértil” para estudos referentes à aptidão linguística, tendo em vista a discussão sobre falhas decorrentes de danos cerebrais ou de distúrbios sensoriais, como a surdez.
Os indivíduos que ouvem parecem utilizar, em sua linguagem, os dois processos: o verbal e o não verbal. A surdez congênita e pré-verbal pode bloquear o desenvolvimento da linguagem verbal, mas não impede o desenvolvimento dos processos não verbais.
A fase de zero a cinco anos de idade é decisiva para a formação psíquica do ser humano. Portanto, todos os indivíduos nascem com predisposição para a aquisição da fala. As crianças que ouvem aprendem a língua portuguesa oral de uma forma semelhante e num espaço de tempo.
Há crianças, no entanto, que apresentam dificuldades na aquisição da linguagem oral. Às vezes, a dificuldade aparece, principalmente, no que se refere à percepção e à discriminação auditiva, o que traz transtornos à compreensão da língua oral. Outras vezes, a dificuldade é relativa à articulação e à emissão da voz, o que produz transtornos na emissão da língua oral. Pessoas surdas podem adquirir linguagem, comprovando assim seu potencial linguístico. Já está comprovado cientificamente que o ser humano possui dois sistemas para a produção e reconhecimento da linguagem: o sistema sensorial, que faz uso da anatomia visual/auditiva e vocal (línguas orais) e o sistema motor, que faz uso da anatomia visual e da anatomia da mão e do braço (línguas de sinais). Estas são consideradas as línguas naturais dos surdos, emitidas por meio de gestos e com estrutura sintática própria. Na aquisição da língua, as pessoas surdas utilizam o segundo sistema.
Várias crianças surdas procuram criar e desenvolver alguma forma