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O filme inicia na estação de trem situada no subúrbio do Rio de Janeiro, no qual trafegam pessoas de todos os tipos e lugares do Brasil, geralmente vindas em busca de uma vida melhor, deixando familiares em sua cidade natal. Indica um lugar central do país, em que as pessoas podem chegar ou partir para todosos lugares do país.
Mostra uma realidade marcada pelas desigualdades sociais (competição pelo mercado de trabalho, luta pela sobrevivência, violência, analfabetismo, execução de menores, impunidade, corrupção, tráfico, assalto, suborno e desemprego).
Dora personagem vivida por Fernanda Montenegro, uma professora aposentada, sem valores, sem ética, que pensava apenas em sua sobrevivência aproveitando-se da ingenuidade das pessoas que acreditavam que ela escrevia e enviava a carta. Cartas estas, em que as pessoas expressavam suas emoções e sentimentos, palavras doces, amargas, sinceras, simples e verdadeiras, uma espécie de confessionário público um depósito de intimidades e desejos.
A região nordeste e representada por um menino, Josué, que perde sua mãe em um acidente após terem deixado uma carta com Dora, esta deveria ser enviada ao pai do menino comunicando-o do desejo do filho em conhecer-lhe.
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O FILME
“Central do Brasil”, “é a história de um menino em busca do pai que nunca conheceu”. A procura pelo pai se confunde pouco a pouco com a procura por um outro Brasil (...), um país onde a fraternidade e a compaixão ainda são possíveis. “Um país onde a indiferença e o cinismo não cabem mais”. A busca das raízes do menino que, como nós, somos órfãos da grande cidade, que amamos, mas não nos acolhe, e que perdoamos o desamparo como o filho de mãe solteira que luta pela sobrevivência, mas que ama e perdoa pelo abandono.
É também, “a história de uma mulher que se tornou insensível ao mundo que a cerca”.
Talvez também não por acaso, uma professora. Professora aposentada , que garante sua sobrevivência na