INTERFERÊNCIA SONORA
Como as ondas transversais, as ondas sonoras podem sofrer interferência. Vamos considerar, em particular, a interferência entre duas ondas sonoras iguais que se propagam no mesmo sentido. A fig. 17-8 mostra como é possível produzir essa interferência: duas fontes pontuais S1 e S2 emitem ondas sonoras que estão em fase e têm o mesmo comprimento de onda λ. Em casos como esse dizemos que as fontes estão em fase, ou seja, as ondas deixam as fontes com o mesmo deslocamento de fase. Estamos interessados nas ondas que passam pelo ponto P da Fig. 17-8. Supomos que a distância até o ponto P é muito maior que a distância entre as fontes, de modo que podemos supor que as ondas são aproximadamente paralelas ao chegarem ao ponto P.
Se as ondas percorressem distâncias iguais para chegar ao ponto P, estariam em fase nesse ponto. Como no caso das ondas transversais, isso significa que elas sofreriam interferência totalmente construtiva. Entretanto, na Fig. 17-8 o caminho L2 percorrido pela onda gerada pela fonte S2 é maior do que o caminho L1 percorrido pela onda gerada pela fonte S1. A diferença de percurso significa que as ondas podem não estar em fase no ponto P. Em outras palavras, a diferença de fase ϕ no ponto P depende da diferença de percurso ΔL=|L2 - L1|. Para relacionar a diferença de fase ϕ à diferença de percurso ΔL lembramos (da Seção 16-4) que uma diferença de fase de 2π rad corresponde a um comprimento de onda. Assim, podemos escrever a relação ϕ2 π = ΔLλ (17-20) que nos dá ϕ= ΔLλ 2π. (17-21)
A interferência totalmente construtiva acontece de ϕ é zero, 2π ou qualquer múltiplo inteiro de 2π. Podemos escrever essa condição na forma ϕ=m2 π, para m = 0,