INTERFERÊNCIA DA EMOÇÃO NA MEMORIA DE CURTO PRAZO
1. INTRODUÇÃO
De acordo com estudiosos da psicologia cognitiva, a memória foi um dos primeiros fenômenos que despertou interesse de pesquisa e foi estudada em um laboratório (Bartlett, 1977). Foi denominada como uma função cerebral superior relacionada ao processo de retenção de informações obtidas em experiências vividas.
Segundo, Brandão (1995), o termo memória tem sua origem etimológica no latim e significa a faculdade de reter e/ou readquirir idéias, imagens, expressões e conhecimentos adquiridos anteriormente reportando-se às lembranças, reminiscências. Trata-se de uma faculdade cognitiva extremamente importante porque ela forma a base para a aprendizagem. Para o autor, se não houvesse uma forma de armazenamento mental de representações do passado, não teríamos uma solução para tirar proveito da experiência.
Bergson (1990), por sua vez, afirma que a memória envolve um complexo mecanismo que abrange o arquivo e a recuperação de experiências, portanto, está intimamente associada à aprendizagem, que é a habilidade de mudarmos o nosso comportamento através das experiências que foram armazenadas na memória; em outras palavras, a aprendizagem é a aquisição de novos conhecimentos e a memória é a retenção daqueles conhecimentos aprendidos. Para ele, esta intrigante faculdade mental forma a base de nosso conhecimento, estando envolvida com nossa orientação no tempo e no espaço e nossas habilidades intelectuais e mecânicas. Assim, aprendizagem e memória são o suporte para todo o nosso conhecimento, habilidades e planejamento, fazendo-nos considerar o passado, nos situarmos no presente e prevermos o futuro.
De acordo com Bergson (1990), existem diferentes categorias de memórias, entre elas estão: A memória ultra-rápida cuja retenção não dura mais que alguns segundos; A memória de curto prazo (ou curta duração), que pode durar minutos ou horas e serve para proporcionar a continuidade do nosso sentido do