Interdependencia complexa
Pertencente à imagem pluralista das Relações Internacionais por possuir as seguintes características: Atores estatais e não estatais são importantes; o Estado não é um ator unitário e suas partes podem agir transnacionalmente; a agenda internacional é composta de diversos temas, como economia e bem estar social, que são tão ou até mais importantes que a Segurança. Ademais, a Interdependência Complexa favorece a cooperação, tornando possível jogos de soma positiva e a estabilização do Sistema Internacional via instituições internacionais e padrões de conduta que se formam ao longo do tempo.
A Interdependência Complexa é o resultado da multiplicação das interconexões globais e da aceleração fluxos financeiros, demográficos, de bens, serviços e de informações. Além disso, os atores que operam esses fluxos são extremamente variados. Organizações intergovernamentais, multinacionais, organizações não governamentais, sociedade civil, dentre outros, ganham espaço nas decisões e discussões internacionais e o Estado deixa de ter o único papel relevante nas relações internacionais, embora ainda proeminente.
A interdependência complexa revela que os atores são mutuamente dependentes, mas sem uma simetria verdadeira. Esta ausência de simetria que é a causadora da possibilidade de criação de poder superior, que pode ser tanto pelo poder de força ou no poder articulador capaz de pressionar para garantir seus interesses e demonstrar sua capacidade de balançar a teia internacional.
Para Keohane as duas dimensões nas quais a interdependência pode ser trabalhada são a sensibilidade e a vulnerabilidade. A sensibilidade é pertinente as influências internas sociopolíticas, em que a ação de um ator “X” provoca efeitos no ator “Y”.A sensibilidade então é a capacidade de se ajustar para reverter os efeitos de uma ação tomada por outro ator.
A vulnerabilidade revela a fragilidade de um ator, que mesmo após ter tomado medidas protecionistas continuam sujeitos