liberalismo nas RI
Interdependência Complexa é a intensificação das relações entre atores no sistema internacional, sejam eles estados ou não, de modo que todas as ações tomadas por qualquer um dos atores venha a interferir no todo, produzindo dois tipos de efeitos: as sensibilidades, mensuráveis de impacto, e as vulnerabilidades, custos de quando se é atingido pelo impacto e se têm que enfrentá-lo. Segundo Nogueira e Messari, três são as características principais da interdependência complexa. Primeiro, a existência de múltiplos canais de comunicação e negociação – contatos informais entre agentes dos múltiplos órgãos; promoção de relações externas por diplomatas, outros funcionários do governo e particulares e maior papel das organizações internacionais na geração de cooperações. Em seguida, a agenda múltipla – a qual possui pontos tradicionais e novos, como segurança e sustentabilidade; ausência de hierarquia entre os temas da agenda, quebrando o privilégio da alta sobre a baixa política e há existência de uma linha cada vez mais tênue entre aquilo que é nacional e internacional. Por último, a utilidade decrescente do uso da força, pois o uso da força é descartado para a resolução de divergências, não sendo possível associar questões de baixa política a questões de segurança ou utilizar o poder militar para resolver negociações.
Além disso, é válido ressaltar que a interdependência complexa é um conceito assimétrico, ou seja, atores diferentes são tratados de maneira diferente.
O conceito é de extrema importância para a estruturação da análise das Relações Internacionais para os liberais institucionalistas pois, com o advento da nova crise entre Estados Unidos e União Soviética instaurada com a invasão do Afeganistão em 1979, a questão da “alta política” voltara a ficar em voga, de forma que o liberalismo