Inteligência corporativa
Mudanças do mundo moderno exigem um novo formato de prestação de contas sobre resultados que considere, cada vez mais, os chamados ativos intangíveis, que ainda não são reportados de forma clara nos relatórios financeiros
Quando se pensa em demonstrar resultados e patrimônio de uma empresa, logo vem a cabeça ativos fixos, aplicações financeiras, retorno sobre investimentos, resultados de unidades de negócios, porém ainda não é possível mensurar de forma padronizada o chamado ativo intangível.
Os modelos contábeis tradicionais não oferecem uma metodologia adequada para atribuir o devido peso no balanço a aspectos como capacidade de inovação, gerenciamento de riscos, relacionamento com fornecedores, acesso a crédito e financiamentos, ou mesmo políticas e iniciativas nas áreas ambiental e social. “o que existe hoje são iniciativas isoladas, lideradas por empresas, grupos de investidores ou mesmo formas de auditoria”, segundo Nir Kossovsky, secretário-executivo da Intangible Assets Finance Society , uma organização sem fins lucrativos formada por executivos de grandes empresas para fomentar o desenvolvimento de novos padrões e metodologias de mensuração de ativos intangíveis.
Existem metodologias conhecidas como a “Triple Bottom Line”, que analisa a atuação de uma empresa nas esferas econômica, social e ambiental. Outras duas são o “Balanced Scored Card”, que mede o desempenho de uma instituição a partir de quarto perspectivas (financeira, do cliente, dos processos internos e do aprendizado), e o “Valor Econômico agregado”, também conhecido como EVA, que ajusta o lucro financeiro de uma empresa de acordo com custos relacionados aos intangíveis.
Os especialistas no assunto dizem que o tão esperado padrão único é apenas questão de tempo. Em novembro do ano passado, os presidentes de 6 grandes empresas de auditoria internacionais, divulgaram, num simpósio em Paris, o ensaio intitulado “Mercado de capitais global e economia global – uma