INTELIGENCIA FLUIDA E CRISTALIZADA
Para os estudos sobre inteligência, cientistas acreditavam inicialmente que existia um fator geral que englobasse todas as pessoas e que definisse a habilidade mental. Charles Spearman já no início do século XX teorizou sobre o assunto, para ele existiam dois fatores que influenciavam na inteligência, um deles era geral, toda pessoa possuía e seria uma espécie de energia de ativação, já o outro era particular, cada individuo adquiria segundo suas próprias vivências e de acordo com o contexto social no qual estava inserido. Essa teoria bi-fatorial foi muito questionada posteriormente por alguns estudiosos e sofreu modificações, um dos primeiros a questioná-la foi Thorndike, ele acreditava que existiam fatores múltiplos envolvidos na capacidade intelectual, e que estes se interligavam. Outra teoria foi a de Louis Thurstone, esta afirmava que existia um conjunto de inteligências primárias, elas seriam independentes entre si e foram extraídas através de cálculos fatoriais. Ao longo do século passado, tentativas de se conciliar os dois métodos surgiram, Raymond Cattell confirmou a presença de dois fatores amplos que depois de estudos de John Horn, passaram a ser chamados de inteligência fluida e cristalizada. A inteligência fluida apresenta-se quando queremos resolver problemas não verbais,também relativos a experiências novas, ela é mais influenciada por fatores genéticos do que fatores culturais, trabalha com a possibilidade de agrupar números e dados com rapidez, segundo Ricardo Prime (2002) a tendência corrente é atrelá-la a no mínimo sete funções do executivo central. Já a inteligência cristalina está relacionada a memória de longo prazo, seria a capacidade de correlacionar informações de acordo com a experiência vivida, é fortemente influenciada por fatores culturais, tende a aumentar com o passar dos anos ao contrário da fluida que parece declinar.
Cattel (1987), citado por Patrícia Waltz Schelini (2006), declara que as