Integração vertical / horizontal
A firma pode ser analisada sob vários aspectos. Com relação ao seu tamanho a firma pode ser vista quanto à suas dimensões horizontal e vertical. A dimensão horizontal se refere à escala de produção, quando a firma é produtora de um único produto, ou ao seu escopo nas firmas multiprodutos. E a dimensão vertical reflete a extensão na qual os bens e serviços, que podem ser comprados de outras firmas, são produzidos internamente.
Com o objetivo de tentar apontar as recentes contribuições a esta temática, este trabalho busca relacionar alguns dos principais aspectos da teoria da integração vertical entre as firmas. Neste sentido, está subdividido em mais quatro seções, além desta introdução. Na seção 2 é feita uma breve caracterização do que se pode denominar de Teoria da Integração Vertical. Na seção 3 são mostrados alguns dos incentivos tecnológicos para a integração vertical. Na seção 4 são explorados os incentivos resultantes das imperfeições de mercado. Na seção 5 é tratada brevemente a Teoria dos Custos de Transação e sua relação com a integração vertical. Finalmente, a seção 6 apresenta os comentários finais.
2- DEFINIÇÃO DO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO VERTICAL
Integração vertical ocorre quando diferentes processos de produção - desde o insumo até a venda final ao consumidor - que podem ser produzidos separadamente, por várias firmas, passam a ser produzidos por uma única firma. A integração vertical pode ocorrer entre dois ou mais processos contínuos de produção, onde o produto de um processo é o insumo para o outro subsequente. Ao estágio que produz o insumo para o subsequente se denomina processo "upstream"; e àquele que emprega o insumo do processo imediatamente anterior se denomina processo "downstream".
Segundo Perry (1989), uma firma pode ser descrita como verticalmente integrada se ela envolve necessariamente dois processos de produção em que (1) a produção total do processo upstream é empregada ou em parte ou totalmente como a