Insuficiêcia hepática fulminante
1787 palavras
8 páginas
Insuficiência hepática fulminanteAutor:
Rodrigo Antonio Brandão Neto
Médico Assistente da Disciplina de Emergências Clínicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
Última revisão: 17/05/2009
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INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES
A insuficiência hepática fulminante é definida como o rápido desenvolvimento de injúria hepática aguda severa, com alteração da função sintética e desenvolvimento de encefalopatia, em paciente sem alterações hepáticas prévias. Existem, na literatura, diferentes definições para sua instalação, mas a mais aceita foi idealizada em 1970 e apresenta os seguintes critérios: aparecimento de encefalopatia em 8 semanas ou menos do aparecimento de sintomas de hepatopatia, em paciente sem alterações hepáticas prévias; aparecimento de encefalopatia menos de 2 semanas depois do aparecimento de icterícia, mesmo em pacientes com história prévia de alterações hepáticas.
A definição inicial incluía apenas o primeiro critério; posteriormente, foi proposto o segundo critério, pois este parece apresentar capacidade de prever a evolução. A literatura ainda reserva o termo insuficiência hepática subfulminante, para pacientes que desenvolvem encefalopatia com 6 meses do aparecimento de sinais de insuficiência hepática. A American Association of Study of Liver Diseases utiliza para definição a alteração do INR acima de 1,5 e qualquer grau de alteração mental caracterizando encefalopatia hepática. Além disso, utiliza um critério de tempo que inclui até 26 semanas para definição da síndrome; já o critério francês utiliza o fator V como definidor adicional de gravidade, com pacientes com porcentagem de fator V menor que 50% apresentando maior gravidade. A importância desta diferenciação tem implicação prognóstica e as duas formas apresentam complicações diferentes: os pacientes com insuficiência hepática fulminante frequentemente apresentam edema cerebral com alta mortalidade em curto prazo, mas com maior recuperação sem