Instrução Técnica - US
3.1 – A proposta de Castells – a construção de um novo objeto de estudo: os movimentos sociais urbanos. Ênfase na análise das práticas das estruturas.
Nos anos 70 Castells dirigiu um processo de renovação no debate sobre as questões urbanas, na corrente de análise marxista da realidade social. Ele fez a critica e rejeitou os estudos baseados nas variáveis geográficas espaciais, acusando que o espaço é produto de um feixe de relações sociais e destacou nestas relações o papel de diferentes atores e suas praticas.
O quadro metodológico de análise dos Movimentos Sociais Urbanos (MSU) de Castells consistia em entender a partir da determinação estrutural do problema que reivindicam.
Ao desenvolver tal metodologia estaríamos relacionando o movimento social com problemática econômica e política do capitalismo, assim como relacionando também a crise urbana.
A problemática dos MSU situava-se, para Castells, num plano duplo.
Castells destaca que a historia e sociedade é formada por uma articulação de experiência, produção e poder. A experiência esta basicamente estruturada ao redor de relações de sexo e gênero, a produção é organizada em relações de classe e o poder está estabelecido a partir do Estado. Assim, a cidade moderna é um espaço de alienação coletiva e violência individual. Neste cenário ele vê os movimentos sociais como forma de resistência e distingue três tipos básicos de protestos urbanos.
Nos anos 80 Castells ficou mais atento aos limites dos movimentos do que suas possibilidades.
3.2 – JORDI BORJA
Os elementos básicos da noção de movimento social reivindicatório são: ações coletivas, utilizando da teoria marginalista do usuário e necessidades coletiva. Jordi distingue três tipos de conflitos que geram os MSU.
Borja classificou os movimentos urbanos entre as classes populares em três tipos: reivindicatórios, democráticos e de situação atual do