instabilidade do cânone literário
Ao longo destas poucas semanas foi-nos possível concluir que nem a literatura, nem o a história da literatura são estáticas, ou seja, estão sujeitas a alterações e mudanças ao longo do tempo e a instabilidade do cânone literário deve-se exatamente a essas mudanças.
A literatura nacional está inevitavelmente associada à história da literatura enquanto instituição e a um corpus de autores e obras, que são consideradas representativas do seu tempo e ideologia, a que chamamos cânone. Para evitar que esse corpus se torne numa lista exaustiva de produção de obras que representam um país, é necessário realizar uma seleção entre elas, de acordo com a tradição e o tempo, levando à preferência de algumas obras e autores que mais tardem são destacadas na seleção de obras literárias para o cânone. Esta seleção deve-se à alteração dos tempos e da literatura atual, o que nos leva a ter visões distintas do ponto de vista literário e estético das respectivas obras, em relação ao tempo em que foram escritas e sentidas pelo o seu público.
A dinamização da leitura através dos novos leitores , com novas interpretações fazem com que o cânone permaneça no mesmo espaço de tempo quando uma obra ocupa o mesmo lugar ao longo dos anos. As mesmas tornam-se estimuladas pois demonstra que mesmo com o passar dos anos, continuam a despertar emoções através de visões diferentes das primeiras interpretações realizadas. A partir do momento em que deixam de transmitir algo ao público geral e tornam-se esquecidas, também deixam de pertencer ao cânone porque representa a evolução da visão dos mesmos, que não só evoluíram com a história como têm sede de mais conhecimento.
É possível dizer que um cânone literário nunca poderá ser estável pois é necessário acompanhar a história de um povo e da sua literatura para ser possível caracteriza-lo. São necessários vários fatores como, o universo escolar, a consolidação da tradição, o múltiplo