Instabilidade de encosta
O estudo intitulado análise da instabilidade de uma encosta localizada na área urbana em Santa Cruz do Sul consistiu em monitorar, através de instrumentação, a movimentação de massa da encosta localizada no nordeste da cidade. Tal movimentação gerou em várias moradias problemas com patologias. O trabalho apresenta uma grande contribuição científica pois, além de ser um estudo prático, trabalhou com diversos equipamentos como piezômetros manuais e automáticos, tubos de inclinômetros e levantamentos de deformação nas moradias, além da investigação geotécnica da região.
A área estudada está localizada dentro da Depressão Central Gaúcha. A geologia é constituída pela Formação Santa Maria na base, sendo sobrepostos pelos arenitos da Formação Botucatu e os basaltos da Formação Serra Geral.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Entre as três formações geológicas, as que apresentam instabilidade mais acentuadas são a Formação Santa Maria, devido aos solos residuais, e a Formação Serra Geral, por ser constituída por três derrames basálticos heterogêneos bastante fraturados.
As sondagens realizadas na área em estudo mostraram na parte superior um colúvio de espessura variável entre 2 e 10 metros e um siltito da Formação Santa Maria. Para determinação dos parâmetros de resistência, foi utilizado o ensaio triaxial do tipo CD (consolidado drenado).
O fato mais importante do trabalho é a instrumentação e o monitoramento da encosta. A utilização dos equipamentos para monitorar, durante 707 dias, permite, além do conhecimento de cada equipamento, a experiência prática de aplicação dos mesmos.
Os piezômetros são dispositivos para medidas e monitoramento das poro-pressões na encosta. A poro-pressão é um dado importante pois seu aumento proporciona uma redução da resistência ao cisalhamento do solo, gerando instabilidades. O estudo utilizou dois tipos de piezômetros em relação a medição: automáticos e manuais. Com os resultados, observou-se que os piezômetros manuais não