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População de idosos na América Latina deve quadruplicar até 2050, indica estudo do BID
Carolina Martins, do R7, em Brasília
O sistema previdenciário do Brasil vai enfrentar grandes desafios nas próximas décadas. Isso porque a população de idosos deve quadruplicar em menos de 40 anos, segundo o estudo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (29), aponta que, em 2050, haverá mais de 140 milhões de pessoas com 65 anos ou mais na América Latina e no Caribe — quase quatro vezes mais do que os 40 milhões que existem hoje.
A população de idosos vai representar quase 20% do total de pessoas da região. Segundo estudos dos especialistas do BID, “esta transição demográfica colocará a política previdenciária como um dos principais elementos das políticas públicas”.
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Segundo Mariano Bosch, um dos autores do estudo, os países da América Latina podem enfrentar, nas próximas décadas, uma crise previdenciária como a que atingiu a Europa. Para ele, esse é o momento de pensar em políticas para evitar um problema futuro.
— Haverá uma pressão econômica e fiscal nos programas previdenciários [devido ao aumento da população de idosos]. Precisamos pensar em quais políticas são necessárias para acompanhar esse crescimento demográfico, que tipo de medida vamos precisar adotar para passar por essa transição demográfica.
Se, atualmente, para cada aposentado existem dez trabalhadores potenciais, em 2050, essa proporção cairá para três trabalhadores a cada um aposentado.
Para o BID, o governo terá de fazer um esforço para custear uma população que chegará ao final da vida ativa sem dinheiro para se manter na terceira idade. Bosch afirma que, se as circunstâncias não mudarem, o País vai