inserção global do México
A proposta do texto, segundo o autor, é analisar os efeitos da globalização no México. Daniel Hiernaux-Nicolas afirma que busca realizar esta análise com uma visão menos “macro” do que o habitual entre os geógrafos, que deste modo tendem a diminuir a proporção do fenômeno da globalização- “lentes do estruturalismo redutor”.
O México tem seu território modificado por influências da globalização a partir de 1982, quando o modelo que sua economia herdara da Revolução Mexicana é substituído- sendo esta responsável pela derrubada do ditador Porfirio Díaz, cujo governo representou a primeira tentativa de modernização mexicana. Os governos pós-revolucionários, em sua maioria, procuraram o desenvolvimento e, com êxito, as medidas desenvolvimentistas promoveram um crescimento “milagroso” do país.
O modelo de desenvolvimento sob o qual o território mexicano avançava era o que se entende por “fordismo periférico estatal”: tentativas de reorganizar o território a partir de estímulos estatais. Neste período, além de avançar economicamente, o México também viu consolidado o seu processo de urbanização.
Em contraste ao caráter positivo desses dois pontos, o modo de desenvolvimento desse tipo agravou, em razão da urbanização acelerada, a concentração (formação de metrópoles), a desigualdade regional (haja vista a concentração em torno da Cidade do México, Guadalajara e Monterrey) e desempregos- “vastos setores da população urbana, ainda nas metrópoles, ficaram à margem do crescimento ou pelo menos entrando e saindo das atividades formais.” (P.27). Figurava-se, em vista da concentração, uma realidade mexicana de exclusão.
Como tentativa de superá-la, os governos de 1970 a 1982 se esforçaram para que houvesse uma redistribuição regional e, já no