Inserção da alfabetização à cultura indígena
É importante destacar o valor da escrita para manter uma língua viva, e com ela, um importante registro histórico-cultural. Os Índios vêm de uma cultura oral, portanto não utilizam a escrita como forma de registro. Em função disso foram desenvolvidos projetos de educação voltados aos povos indígenas que visam minimizar essa realidade negativa.
Projetos de inserção da escrita indígena
Desde o inicio a intenção da educação escolar indígena foi difundir a língua PORTUGUESA, tanto falada quanto escrita, logo a língua indígena era vista como obstáculo para esse fim e por isso deixada em segundo plano. Segundo alguns estudos a alfabetização em línguas locais indígenas deu-se há pouco tempo (por volta de 15 anos), quando foi percebida a dificuldade de alfabetizar alunos em uma língua que não dominavam – o português. Mesmo nesse caso, assim que os alunos aprendiam leitura e escrita a língua local era descartada e voltava-se o foco para língua portuguesa, que era o objetivo principal da alfabetização.
Consequências negativas desse processo:
A escola acaba contribuindo para o desprestigio e desaparecimento das línguas indígenas;
Grande perda histórico-cultural;
As consequências negativas trazidas aos índios por esse processo de alfabetização faz com que defensores das causas indígenas lutem pela inclusão da alfabetização de línguas locais indígenas nas escolas, pois sabe-se que isso traria importantes benefícios às sociedades indígenas, como por exemplo:
Por estar no cenário escolar a língua ensinada terá status de língua plena, nem que seja naquela determinada região, o que já se considera um grande ganho;
Maior produção de registros histórico-culturais;
Incentivo e favorecimento a manutenção ou revitalização de línguas indígenas;
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