Inovação
Na visão schumpeteriana, a concorrência que efetivamente tem lugar em uma economia capitalista não é aquela que se processa entre pequenas empresas produtoras de um mesmo produto homogêneo, mas a que se trava entre as empresas que buscam acima de tudo a inovação, sobretudo, a inovação tecnológica.
Schumpeter afirmava que a maioria dos economistas neoclássicos apenas se preocupava com a concorrência de preços, já que, para ele, a verdadeira concorrência é aquela baseada na busca incessante por vantagens de custo e por uma melhor qualidade dos produtos, sendo a inovação a mola fundamentalmente propulsora. Schumpeter foi um dos primeiros economistas a formalizar uma definição de inovação a partir da noção de função de produção. A sua preocupação básica estava mais restrita às grandes inovações (inovações primárias), inovações estas que alteravam substancialmente a função de produção, enquanto as pequenas inovações (inovações secundárias), ou seja, aquelas ocorridas em uma dada função de produção eram para ele menos relevantes para se compreender o processo de destruição criadora.
Conforme encontrado nas literaturas, pode-se dizer que existam basicamente cinco tipos de inovações:
a) o lançamento de um novo produto;
b) a descoberta de novos métodos de produção;
c) a abertura de novos mercados no país ou no exterior;
d) a conquista de novas fontes de suprimento de insumos; e
e) a instalação de novas formas de organização do mercado, como um novo monopólio ou a fragmentação de uma posição de monopólio.
Algumas teorias procuram explicar como se dá o processo de inovação tecnológica. Para a Teoria Neoclássica Ortodoxa, as inovações seriam deslocamentos ocorridos na função de produção decorrentes das atividades de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), exógenas ao sistema econômico, e cuja adoção estaria subordinada ao comportamento maximizador dos agentes econômicos.
Contrariamente à Teoria Neoclássica Ortodóxa, para Schumpeter, o processo de inovação