Inovar para sobreviver
Publicado em 20 de setembro de 2011 por admin
Por Cristina Tavelin
De tempos em tempos, fazer simplesmente as mesmas coisas deixa de ser suficiente para manter uma estrutura saudável em funcionamento – o mundo, as relações interpessoais ou os próprios agentes da ação se transformam. E, quando o entorno muda, a forma de pensar e fazer também precisa evoluir. Inovar.
No campo da sustentabilidade, inovação é essencial, já que o próprio conceito traz em si um olhar diferenciado em relação a antigos modelos de produção e consumo. Hoje, ações realmente inovadoras devem trazer benefícios nos níveis econômico, social e ambiental. “A onda pela qual passamos atualmente é similar à ascensão da internet nos anos 2000: pode-se estar no topo dela ou ficar para trás e esperar os outros tomarem a dianteira. Trata-se de uma escolha”, destaca Hitendra Patel, diretor do Centro de Excelência em Inovação e Liderança de Cambridge (EUA) e coautor do livro 101 Inovações Revolucionárias (ainda sem previsão de lançamento no Brasil).
Tornar produtos e serviços mais verdes é um início, mas uma empresa realmente sustentável precisa estabelecer um ciclo contínuo de inovação em sua base para lidar com os desafios do aquecimento global – nesse sentido, o conceito começa a ser percebido como um driver para a transformação das próprias organizações.
Para surfar nessa onda – e não apenas ser levado por ela -, alguns desafios têm de ser superados. O primeiro deles é cognitivo, afirma Renato Orsato, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e autor do livro Estratégias de Sustentabilidade: Quando Vale a Pena Ser Verde? (Ed. Qualitymark). “A percepção e interpretação das diferentes variáveis externas fazem a diferença entre um empresário de sucesso e outro mal-sucedido em qualquer setor. Hoje, não conhecer processos como análise do ciclo de vida e ecologia industrial dificulta a inovação”, avalia.
A perspectiva de inovar para a sustentabilidade está longe de ser algo