Injecção de co²
O projeto do campo de Miranga prevê o sequestro geológico e a retirada de 370 toneladas de CO2 da atmosfera por dia. Além dos excelentes ganhos ambientais, a tecnologia a ser empregada aumentará consideravelmente o percentual de recuperação do petróleo contido no reservatório daquele campo.
Esse projeto funcionará como laboratório de testes de novas tecnologias que poderão ser aplicadas em outros campos a serem desenvolvidos no País, em especial nas novas descobertas no pré-sal, uma vez que alguns dos reservatórios ali encontrados revelaram a presença de CO2 natural associado ao petróleo.
Estudam-se, também, alternativas como o armazenamento em cavernas ou reservatórios salinos. O campo de Miranga foi escolhido para os testes devido às suas características geológicas e pela logística já disponível no local.
A técnica que será testada em Miranga baseia-se na injeção de CO2 a altas pressões. Nesse caso, o CO2 atua como uma espécie de solvente que altera as propriedades do petróleo e facilita o escoamento no sistema poroso da rocha-reservatório.
A recuperação suplementar de petróleo por injeção de CO2, no Brasil, não é uma novidade para a Companhia. Ela foi iniciada há 28 anos, na Bahia. No início das experiências, a Petrobras buscou aplicar uma técnica de injeção de CO2 a altas pressões no campo de Araçás, na Bacia do Recôncavo. Em 1991, implantou no campo de Buracica, na mesma bacia, um projeto de injeção de CO2 a baixas pressões. Esse projeto foi muito bem sucedido, resultando na manutenção parcial da produção de petróleo do campo por cerca de 20 anos.