Ingredientes de origem animal destinados a fabricação de rações
Claudio Bellaver 2
1. Introdução
O título desse trabalho envolve uma grande quantidade de ingredientes e torna-se excessivamente complexo para apenas uma apresentação, devido ao volume de informações e a grande quantidade de fontes de origem animal, assim como, pelas implicações de uso de subprodutos de origem animal na alimentação animal. Por isso, o trabalho cobrirá apenas alguns dos subprodutos de abatedouros que são os comercialmente mais disponíveis e representam o maior volume, deixando de abordar ingredientes como farinhas de ostras, crisálidas, subprodutos do leite e de ovos, farinhas de ossos e de peixe. É necessário portanto conhecer alguns aspectos gerais do uso de ingredientes protéicos alternativos e de origem animal, rever definições de subprodutos, processamento, limitações de uso, as
quais envolvem aspectos nutricionais e sanitários, composição dos ingredientes e por fim, mostrar algumas simulações quando da mudança de preço do farelo de soja e os efeitos sobre a valorização das farinhas de carne ou vísceras. Na última década houve um significativo aumento de produção de rações (147 %) , partindo de 15 milhões de toneladas em 1990 para uma estimativa de 37 milhões de toneladas em 2001 de acordo com dados de Perfil (2000 e 2001). Por isso, a indústria de rações depara-se com a necessidade de grandes volumes de ingredientes, havendo com freqüência escassez de ingredientes alternativos ao milho e farelo de soja. Mesmo não havendo falta de farelo de soja, deve-se lembrar que seu preço é regulado no mercado internacional, que, se alto, chama por ingredientes alternativos. De toda a sorte a formulação é dependente da qualidade, bem como dos preços dos ingredientes e por isso a competição entre as empresas comprime a margem de lucro e põe mais pressão para redução dos custos de
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Simpósio sobre Ingredientes na Alimentação Animal de 18 a 20 de Abril de 2001 – Colégio Brasileiro