Infância e Diversidade
Maraisa Silva Mascarenhas1
Resumo:
Este artigo busca aprofundar a ideia de infância e diversidade de maneira a demonstrar que as relações estabelecidas entre o adulto e a criança são determinadas pela sociedade em níveis de bilateralidade. No primeiro momento apresentaremos a trajetória da ideia de infância, a partir do período que ela começa a germinar no século XIII. No segundo momento será abordado como a pedagogia tradicional e a pedagogia nova trata esta concepção, e a maneira como a diversidade humana se apresenta no contexto social, enfatizando como a criança é vista diante da sociedade, nesta segunda década do terceiro milênio. Finalizamos este artigo sugerindo um repensar sobre a concepção de infância e a discussão a respeito da diversidade no atual tempo histórico em que sobrevivemos.
Palavras chaves: Infância. Diversidade. Contexto escolar.
INTRODUÇÃO
A Origem do Problema
Este artigo é resultado e ampliação de estudos realizados sobre a concepção de infância em Bernard Charlot, onde buscou-se discutir qual a concepção de infância que tem subsidiado a educação nesta segunda década do terceiro milênio.
No que se refere à educação, a Política Nacional de Educação Infantil tem início em 1994, com a mobilização do Ministério da Educação - MEC, na condição de órgão responsável pela política de educação em nível federal no Brasil. O Pensamento institucional da política de educação infantil, compreendida como etapa inicial da Educação Básica, tem como perspectiva com sua política, a garantia do direito da criança de zero a seis anos à educação. Partindo da premissa que a lei garante educação a toda criança e que a diversidade humana esta presente em todos os âmbitos sociais, nos preocupamos em identificar através do presente estudo, qual a contribuição das pedagogias para a consolidação destas concepções, partindo do pressuposto que as relações estabelecidas pela sociedade entre adultos e crianças