Informatica
Carlos Eduardo Ferreira Monteiro (UFPE)
Ana Coelho Vieira Selva
Introdução Nos últimos decênios várias iniciativas têm sido tomadas com vistas a avaliação e redirecionamento de importantes aspectos dos processos de ensino e aprendizagem da matemática. Dentre outras questões, destaca-se a crescente investigação acerca do planejamento de seqüências didáticas de conteúdos específicos e o debate sobre a formação de professores na área de matemática. Esses movimentos são relevantes e necessários na medida em que a matemática constitui-se numa área de conhecimento que possibilita às pessoas interagirem com diversos aspectos do meio em que vivem. Um exemplo de ação humana que fundamenta-se em conhecimentos matemáticos é a busca e tratamento de informações. De um modo particular, esta atividade pode ser mediada pela utilização de recursos matemáticos tais como os gráficos. Desta maneira, os gráficos se apresentam como uma ferramenta cultural que pode ampliar a capacidade humana de sistematização de dados e o estabelecimento de relações entre os mesmos (Vygotsky, 1994). A apresentação gráfica é freqüentemente associada à coordenação de informações quantitativas dispostas em dois eixos perpendiculares; um horizontal (chamado eixo dos x ou abscissa) e um vertical (eixo dos y ou ordenada). Convencionalmente os gráficos podem ser classificados de acordo com o método empregado para estabelecer a relação entre os valores quantitativos: segmentos de linha; colunas ou barras; círculos com setores. Conforme argumentaremos mais adiante, o presente trabalho pretende investigar os processos de interpretação dos gráficos de barras, que são aqueles que confrontam quantidades por meio de figuras que se assemelham a barras, cuja largura geralmente é constante e não tem nenhuma relação com as quantidades, enquanto que a altura ou comprimento varia em função da magnitude dois