Influência indígena e africana para a formação da cultura brasileira
A formação da cultura brasileira, em seus vários aspectos, resultou de uma integração de elementos da cultura indígena, do português colonizador, do negro, como também dos imigrantes.
Muitas foram as contribuições dos índios brasileiros para a nossa formação cultural e social. Do ponto de vista étnico, contribuíram para o surgimento de um indivíduo tipicamente brasileiro: o caboclo. Na nossa formação cultural, os índios contribuíram com: O nosso vocabulário - que possui inúmeros termos de origem indígena, como pindorama, anhanguera, ibirapitanga entre outras; com o folclore - com lendas como o curupira, o saci-pererê, o boitatá etc.; com a culinária - que recebeu contribuições com o uso de raízes como a mandioca, usada para preparar a tapioca e o beiju; com os utensílios de caça e pesca como a arapuca e o puçá, e com os utensílios domésticos – como a rede a cabaça e a gamela.
Os portugueses realizaram uma transplantação cultural para o Brasil, destacando-se: a língua portuguesa, a religião católica (o calendário religioso, as procissões etc.), as instituições administrativas, o tipo de construções de povoados, vilas e cidades, a agricultura, as lendas do folclore (a cuca e o bicho papão), os folguedos (a cavalhada, os fandangos e a farra do boi), as cantigas de roda, as festas juninas, uma das principais festas da cultura do Nordeste, as artes em cerâmica e os bordados.
O negro africano foi trazido para o Brasil para ser empregado como mão de obra escrava. Conforme as culturas que representavam (ritos religiosos, dialetos, usos e costumes, características físicas) foi possível se distinguir três grupos culturais principais, os sudaneses, os bantos e os Malês (sudaneses islamizados). Assim entre eles havia diferenças culturais acentuadas. Salvador, no Nordeste do Brasil, é a cidade que recebeu o maior número de negros e onde sobrevivem vários elementos culturais como o “traje de baiana” (com turbante, saias rendadas,