Influência da mídia na educação física.
Alexsander Neitzke Mendes[1]
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Cada vez mais informações e discussões sobre atividade física e esporte vêm sendo divulgadas pelos mais diversos meios de comunicação à sociedade, que é atraída por imagens relacionadas à saúde, estética, competições, entre outros. BETTI, et al. (2003) descreve este fenômeno da seguinte forma: Nesse sentido, as práticas corporais que configuraram a cultura de movimento, especialmente as passíveis de serem espetacularizadas e mercadorizadas, passam a integrar o discurso midiático, servindo tanto de veículo como propriamente de objeto de consumo. A partir deste novo modo de consumo ditado pela mídia, a atividade física tem sido diretamente relacionada ao culto do corpo belo e ideal, no qual se estabeleceu um modelo corporal hegemônico, que é diretamente associado à saúde e qualidade de vida. Outro aspecto importante desta analogia entre mídia e educação física é a visibilidade que os meios de comunicação vêm dando às mais diversas modalidades esportivas e não somente ao futebol, como acontecia antigamente. Diante desses aspectos, qual é o papel do educador físico neste processo?
2. O CORPO MIDIÁTICO E O PAPEL DA EDUCAÇÃO FÍSICA. Aproximando a discussão para a área da Educação Física, observamos que houve um aumento na quantidade de informações veiculadas e publicamente partilhadas, com discursos que utilizam diversas técnicas, como as de resultados imediatos e “mirabolantes” para atingir o máximo de espectadores possíveis. Com isso, o apelo ao corpo bonito, magro e ideal tem atingido cada vez mais a sociedade, o que faz esta se ver diante de uma necessidade de obter tal corpo. Este estereótipo, além de estar associado à estética, também o está subjetivamente à qualidade de vida e saúde, o que é uma interpretação errônea, na maioria das vezes, pois muitas fontes são incorretas e não confiáveis e,