Inflação e seus indicadores
Michelle Silveira
Prof. Natal Dolzan Júnior
Centro Universitário Leonardo da Vinci-UNIASSELVI
Gestão de Empresas(EMD0321)-Matemática Financeira
23/08/06
RESUMO
Inflação se define como uma perda de poder aquisitivo da moeda. Sua contrapartida é um aumento geral e contínuo dos preços dos bens e serviços, aumento esse que, segundo algumas teorias, é a causa, segundo outras, o efeito do aumento da quantidade da moeda em circulação. O termo “inflação”, desconhecido na terminologia econômica até meados do séc.XIX, sugere por sua etimologia a idéia de um aumento no volume do meio circulante. Seu emprego está, portanto, ligado a concepção do fenômeno baseada na teoria quantitativa, tido como exata pela maioria dos economistas até, meados do séc.XX.
Palavras-chave: perda, aumento, moeda.
1 INTRODUÇÃO
Segundo Simonsen(1969, p.150), ''O processo inflacionário, afinal, resulta apenas da tentativa de se implantar um conjunto de aspirações incompatíveis da sociedade, do desejo de dividir o bolo em fatias de soma superior ao todo.''
Esta maneira de ver a inflação foi mantida no período em que Simonsen foi ministro da fazenda no governo do general Ernesto Geisel, como o mostra discurso de abril de 1974:
''A existência de uma inflação crônica é sinal de que a sociedade está tentando dividir o produto nacional em partes cuja soma é superior ao todo.'' (Simonsen, 1976a, p. 17-18). No final dos anos 60, Mário Henrique Simonsen chegou a uma visão de inflação que chamou 'Modelo de Realimentação Inflacionária'. Essa visão incluía, com outros nomes, certas noções que ficaram populares nos anos 80, tais como choque inflacionário, autoperpetuação de inflação e inflação institucionalizada pela indexação. Dentre os economistas brasileiros e eminentes, Simonsen foi o primeiro a defender a tese de que o dispositivo da correção monetária prejudica a eficácia do combate à inflação. Desde o início dos anos 70, ele