Infecções em UTI
Infecção é uma manifestação frequente no paciente grave, internado na Unidade de Terapia Intensiva. O paciente pode ter infecção de origem comunitária, isto é, já presente ou incubada na época da admissão hospitalar ou nosocomial, definida pelo aparecimento após quarenta e oito (48) horas de internação. As infecções nosocomiais podem ainda ser consideradas precoces, quando surgem nas primeiras noventa e seis (96) horas de internação, ou tardias, quando geralmente, está envolvido um processo de colonização microbiana por patógenos hospitalares. As infecções mais frequentes são urinárias (35 a 45%), feridas cirúrgicas e pneumonias (10 a 25%). Os métodos invasivos, como a cateterização urinária, a intubação traqueal, a ventilação mecânica e cateteres intravasculares são responsáveis por grandes número das infecções. As bacteremias podem ser secundárias a uma determinada infecção ou primárias (cerca de 25%) e sem fonte identificada, mas, frequentemente , relacionadas a método invasivo, como os cateteres intravasculares, arteriais ou venosos, centrais ou periféricos, e nutrição parenteral. Os patógenos mais comuns, isolados em bacteremias são S. aureus, S. epidermidis e bacilos Gram-negativos, além dos fungos. A pneumonia é infecção comum na Unidade de Terapia Intensiva, podendo ser de origem comunitária ou nosocomial. Estatísticas internacionais mostram que a pneumonia nosocomial ocorre em cinco (5) a dez (10) casos, em mil (1000) internações hospitalares e aumenta de seis (6) a vinte (20) vezes em pacientes sob ventilação mecânica (20% a 25%). É ainda mais freqüente em pacientes com síndrome de angústia respiratória aguda (SARA), ocorrendo em até 70% dos pacientes que evoluem para o óbito, embora não haja relação direta da mortalidade com a pneumonia. A pneumonia nosocomial aumenta a mortalidade (36% a 80%), principalmente quando é bacteriêmica. Estatísticas da América Latina e do Brasil mostram que a pneumonia nosocomial, em