Infarto agudo do miocardio
O IAM é definido como um conjunto de manifestações clínicas ocasionadas por uma obstrução permanente ou transitória da uma artéria coronariana. Esse conjunto de manifestações pode indicar isquemia, lesão miocárdica ou necrose do músculo cardíaco.
Apesar dos avanços tecnológicos no diagnostico, tratamento e prevenção, a cardiopatia isquêmica ainda constitui a principal causa de morte no mundo ocidental. Dentro da primeira hora do inicio dos sintomas até a chegada ao hospital, o infarto agudo do miocárdio (IAM) pode ser fatal em pelo menos metade dos pacientes.
Fisiopatologia.
O infarto agudo do miocárdio (IAM) tem como causa principal a ruptura de uma placa aterosclerótica que resulta no desequilíbrio abrupto entre a oferta e o consumo de oxigênio, cujo o mecanismo mais freqüente é a cessação do fluxo sanguíneo no miocárdio .
Essas placas ateroscleróticas são classificadas como estáveis e instáveis (ou vulnerável). Diferentemente das placas estáveis que são mais antigas e possuem capa fibrosa mais espessa e pequeno núcleo lipídico, as placas instáveis são mais vulneráveis a ruptura porque tem um grande núcleo de gordura, capa fibrosa fina e geralmente são moles.
Se a capa fibrosa fina se rompe, o conteúdo da placa é exposto ao fluxo sanguíneo que é o substrato mais potente para a formação do trombo. Uma vez exposto, as plaquetas ligam-se ao revestimento interno lesado do vaso e a outras plaquetas para formação do trombo. As agregadas secretam varias substâncias químicas como tromboxane, serotonina e substâncias vasoativas que contribuem para o aumento do trombo e vaso constrição coronárias, reduzindo o fluxo sanguíneo no local.
Quando a ruptura da placa é mais superficial em plaquetas, a obstrução da artéria não é total e ocorre trombólise rápida e espontânea. Nesse caso, o quadro clínico é caracterizado como angina instável ou IAM sem supra de ST. O que vai distinguir uma situação da outra é a elevação de marcadores cardíacos