Infarto Agudo do miocardio
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Introdução No início da metade do século passado, a incidência de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) cresceu em proporções tão alarmantes que passou a constituir a principal causa de mortalidade intra-hospitalar nas estatísticas dos países industrializados. Nesses primórdios, a terapia, que consistia em repouso ao leito, analgesia e sedação, tinha pequeno impacto na evolução clínica dos pacientes acometidos. No início da década de 60, o reconhecimento da morte súbita (mortalidade precoce relacionada às arritmias ventriculares primárias – Fibrilação Ventricular e Taquicardia Ventricular sem Pulso) levou ao desenvolvimento do conceito das Unidades Coronárias (1,2) idealizando-se a necessidade de monitorização cardíaca contínua nas primeiras 24 horas de evento com o objetivo do tratamento precoce através da utilização de cardiodesfibriladores e drogas anti-arrítmicas potentes. Antes da era do tratamento moderno, a mortalidade decorrente do IAM no curto prazo (primeiros 30 dias) era cerca de 30%. Com o advento das Unidades Coronárias e tratamento precoce das arritmias malignas primárias além do emprego dos β-bloqueadores este índice caiu pela metade (ao redor de 15%). Ao final da década de 60, a insuficiência ventricular esquerda secundária à necrose de grandes porções do miocárdio passou a ser reconhecida como a principal causa de morte no período intra-hospitalar. Esta constatação motivou o desenvolvimento de estratégias terapêuticas que promoveriam a limitação do dano miocárdico, o que de fato aconteceu, no início da década de 80, com o advento da terapia fibrinolítica e reperfusão mecânica em conjunto com a utilização de terapia antiagregante e anticoagulante. Tais intervenções ocasionaram diminuição na mortalidade do IAM para 6,5% nos primeiros 30 dias de sua evolução (era da reperfusão).
A) Reconhecimento do IAM com Supradesnivelamento do Segmento ST/BRE novo (IAMSST) O início da estratégia de abordagem dos pacientes admitidos com IAMSST constitui