Indústria Cultural
O termo indústria cultural foi utilizado pela primeira vez por Horkheimer e Adorno na Dialética do Iluminismo (texto iniciado em 1942 e publicado em 1947), onde se descreve a transformação do progresso cultural no seu contrário, a partir de análises de fenômenos sociais característicos da sociedade americana, entre os anos 30 e os anos 40. Nas notas anteriores à edição definitiva da Dialética do Iluminismo, empregava-se o termo “cultura de massa”. A expressão foi substituída por “indústria cultural” para o suprimir, e desde o início a interpretação corrente é a de que se trate de uma cultura que nasce espontaneamente das próprias massas, de uma forma contemporânea de arte popular.
Para Adorno e Horkheimer a Indústria Cultural possui padrões que se repetem com a intenção de formar uma estética ou uma percepção comum voltada ao consumo. Essa visão permite compreender de que forma age a Industria Cultural. Oferecendo produtos que promovem uma satisfação compensatória e passageira, que agrada aos indivíduos, ela impõe sobre estes, submetendo-se a seu monopólio e tornando-o acríticos, já que seus produtos são adquiridos consensualmente.
Camuflando a forças de classe, a Indústria Cultural apresenta-se como um único poder de dominação e difusão de uma cultura. Ela tornou-se o guia que orienta os indivíduos em um mundo caótico e que por isso desativa, desarticula, qualquer revolta contra o seu sistema, isso quer dizer que ela acaba por desmobilizar o impedir qualquer mobilização crítica. Ela transforma os indivíduos em seu objeto e não permite a formação de uma autonomia consciente. A Indústria Cultural vende o conteúdo artístico-cultural criando uma suposta fantasia de que todos possuem as mesmas oportunidades de terem acesso aos bens culturais, nela as manifestações artísticas culturais são consideradas apenas objetos de consumo, o prazer estético que se buscava ao contemplar as artes não é importante, o belo passa a ter