Indústria Cultural
A Indústria Cultural não pode ser definida apenas pela difusão, em larga escala, das mensagens veiculadas pelos meios de comunicação. Para entender bem o que é essa indústria, temos que levar em consideração alguns termos e as relações que eles têm entre si.
Os termos mais relevantes para o entendimento desse sistema são: Massa, que é um conjunto de indivíduos que compactuam do mesmo interesse; arte, que por si só tem um valor cultural embutido e passa a ter outra interpretação a partir da indústria, que é inserida a partir do século XVIII, com a revolução industrial e com a inserção do capitalismo.
Para Theodor Adorno e Horkheimer, Indústria Cultural, em síntese, é o retrato do sistema capitalista. Eles usaram esse termo para substituir a expressão “Cultura de massa”, pois, a cultura não é produzida pela massa e sim para a massa. O sistema industrial passa a replicar a arte, fazendo com que se perca o valor cultural e passe a ser apenas objeto de consumo, visando ao lucro. Nesse cenário, os meios de comunicação serão pontes para ligar a indústria e as massas, podendo também ser meios de alienação por convencer a massa de que precisam adquirir determinados produtos que, na verdade, são dispensáveis.
Segundo Adorno, o homem consumidor não é soberano como a Indústria Cultural queria fazer crer e sim é o seu objeto. Ele cita como instrumento de manipulação o cinema, que antes era considerado arte e passou a ser uma forma de manipulação. É dentro desta lógica capitalista que a Indústria Cinematográfica estrutura-se e amplia o seu mercado passando a integrar e a pertencer ao sistema da Indústria Cultural.
Ana Renata Linard Ribeiro.