fonologia da língua espanhola
Enquanto aquela se preocupa em descrever como funcionam os sons de uma língua, esta última estuda a origem física da produção e da percepção dos sons da fala sem interesse no significado.
É importante estabelecer algumas diferenças entre o alfabeto fonológico português e o espanhol. A saber:
No artigo "A abordagem Fonética, Fonológica e Semântica sobre a importância do Estudo da Língua Espanhola no Brasil", o autor Marcelo Mario Amendolara faz uma citação de Ramírez (2006) em que aponta as diferenças básicas entre o quadro vocálico português e o espanhol. Enquanto no sistema vocálico português existem vogais orais e nasais, a depender de como se posicionem em uma sílaba, podem se classificar em abertas e fechadas, no sistema vocálico espanhol "não existem vogais abertas com distinção fonológica, embora foneticamente haja realizações com maior ou menor abertura vocálica". "A nasalização tampouco ocorre em espanhol, ao menos com valor fonológico".
Já com relação ao quadro consonantal, "ambas possuem fonemas que não são comuns às duas, embora a fonologia portuguesa se apresente mais rica e, por tanto, mais complexa."
Essas diferenças se fazem necessárias na aplicabilidade prática de seu contexto.
Em um grupo do 5º ano, por exemplo: no primeiro dia de aula, o professor lhes pede que leiam um texto sobre Trânsito, sendo que, o alfabeto espanhol, não lhes foi apresentado. É muito comum que eles produzam os sons das palavras associados aos sons do alfabeto português. Pronunciem "coxe" (coche) ao contrário de "cotche" (coche). Isso de deve ao fato de essas duas línguas apresentar sonoridade lingüística muito próximas.
Outro ponto de confusão entre os nativos do português diante do espanhol é a estruturação verbal do idioma em questão. Nesse caso, o problema se torna ainda maior,