INDÚSTRIA BRASILEIRA DO SÉC. XXI
Industrialização e Desenvolvimento Econômico
Os termos “industrialização” e “desenvolvimento econômico” foram praticamente sinônimos no Brasil. Em 1949 a indústria representava apenas 10,9% da economia do país. Em 1961 passou para 19,2% e atingiu o seu auge em 1986 (27,2%). Cresceu amparada por incentivos governamentais e barreiras que impediam a entrada de importados; depois passou por crises e reestruturações até chegar a uma participação semelhante à do fim dos anos 50 (14,6% em 2011).
Atualmente, a indústria enfrenta um momento de dificuldade e a pergunta é qual seria a causa?
Entre os suspeitos de sempre está o câmbio. A moeda estado-unidense recuperou o valor recentemente e está acima de R$ 2,00. Mas nos últimos anos teve cotações muito baixas e isso deixou os importados mais baratos e as fábricas daqui sem ter preço para competir diminuíram de tamanho ou mesmo fecharam.
Mas paradoxalmente com o dólar barato, as importações explodiram nos últimos dez anos e as exportações também cresceram.
As importações subiram de US$ 47 bilhões em 2002 para US$ 226 bilhões em 2011, representando mais de 380%. As exportações passaram de US$ 60 bilhões em 2002 para US$ 256 bilhões em 2011 (crescimento de mais de 326%). Por isso os importadores brasileiros dizem que a indústria não tem do que reclamar.
Bens de consumo correspondem à apenas 17% de tudo que o Brasil importa. A grande maioria do que o Brasil importa são bens de consumo industriais (máquinas, equipamentos) que se destinam à própria indústria, pela carência da indústria nacional no aspecto maquinário. Mas por outro lado a pauta das nossas exportações mudou. Passamos a vender uma proporção maior de produtos primários (de 28,1% em 2002 para 47,8% em 2011) como o minério de ferro e soja e menor de bens manufaturados e semimanufaturados (de 69,5% em 2002 para 50,2% em 2011) – Fiesp - SP
Do lado das importações passamos a comprar uma proporção maior de bens de