Indutância
Indutˆ ancia 9.1
Indutores e Indutˆ ancia Neste cap´ıtulo, estudamos os indutores e suas indutˆ ancias, cujas propriedades decorrem diretamente da lei de indu¸c˜ao de Faraday.
Capacitores: Recapitula¸ c˜ ao
Lembre-se que, no caso de um capacitor, a carga el´etrica acumulada nas placas de um capacitor ´e proporcional ` a voltagem entre as placas: q ∝ V . A capacitˆ ancia C foi definida como a constante de proporcionalidade: q = CV
(9.1)
ou C = q/V . Ou seja, entre as placas do capacitor, tem-se uma diferen¸ca de potencial VC
VC =
q
C
(9.2)
Indutores
Como o capacitor, um indutor ´e um elemento de circuito, sob o qual existe uma certa voltagem. O exemplo t´ıpico ´e um solen´oide, pelo qual passa uma corrente vari´avel. Esta gera uma varia¸c˜ao do fluxo magn´etico atrav´es do indutor, que induz uma voltagem induzida em suas extreminadas.
Em analogia ao tratamento dos capacitores, o fluxo magn´etico total em um indutor formado por
N espiras ´e proporcional ao campo magn´etico, que por sua vez ´e proporcional `a corrente el´etrica nas espiras: ΦT e a indutˆ ancia L:
B ∝ i. A constante de proporcionalidade ´
ΦT
B = Li
(9.3)
ou L = ΦT ca de potencial no indutor ´e VL = −∂ΦT
B /i. Pela Lei de Faraday, a diferen¸
B /∂t, i.e.
VL = −L
di dt A unidade de indutˆ ancia ´e o Henry [H]=[T][m2 ]/[A]=[V][s]/[A]
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(9.4)
ˆ
CAP´ITULO 9. INDUTANCIA
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9.2
9.2.1
Indu¸ c˜ ao M´ utua Solen´ oide Considere dois solen´oides concˆentricos de raios R1 e
R2 , correntes i1 e i2 , N1 e N2 espiras, e comprimento l.
O campo criado pelo solen´oide 1 ´e
B1 = µ0
N1 i1 , l (0 < r < R1 )
(9.5)
Portanto o fluxo magn´etico Φ2(1) produzido sobre as N2 espiras do solen´oide 2 por B1 fica
Φ2(1) = N2
B1 · dA2 = N2 B1 (πR12 ) = N2 (µ0
= µ0 N1 N2
N1 i1 )(πR12 ) l πR12 i1 l
(9.6)
Portanto,
Φ2(1) = L12 i1
L21 = µ0 N1 N2
Figura 9.1: Indutˆancia m´ utua de dois