Industrias quimicas
Após quase um século de predominância da Europa, a indústria química migrou para outras regiões do mundo. Entre 1880 e a Pri- meira Guerra Mundial, a Alemanha dominava o setor, mas hoje a liderança cabe aos Estados Unidos. Após a Segunda
Guerra Mundial, a indústria química teve grande cresci- mento no Japão, que se tornou, nas três últimas décadas do século 20, o segundo maior produtor mundial (figura 1).
Após os choques do petróleo, os países do Oriente
Médio, em particular os que integram a Organização dos
Países Exportadores de Petróleo (OPEP), mais o Canadá e a Venezuela, ampliaram sua participação na produção da indústria química mundial, como fabricantes de derivados do etano extraído do gás natural. Recentemente, a China, como o país emergente de maior crescimento econômico, passou a ser grande exportadora de produtos químicos.
As vendas totais da indústria química mundial, em
2009, atingiram cerca de US$ 3,4 trilhões. Desse total, quase 37% correspondem a ‘produtos químicos básicos’,
30% a ‘produtos das ciências da vida’ (fármacos e agroquí- micos), 23% a ‘especialidades’ (como tintas e cosméticos) e os restantes 10% a produtos de consumo. No mesmo ano, o Produto Interno Bruto mundial foi estimado em cerca de US$ 70 trilhões – assim, a indústria química global representa algo em torno de 4,8% do PIB mundial.
A indústria química brasileira_No início do sé-
culo 19, já existiam no Brasil substâncias e materiais pro- duzidos com base em processos químicos, como açúcar, aguardente, medicamentos, potassa, barrilha, salitre, clo- reto de amônio e cal. Esse quadro mostrava uma expansão de atividades fabris iniciadas desde o período colonial.
Riquezas naturais químicas também eram extraídas, como sal, drogas medicinais e resinas vegetais. Ainda na primei- ra metade do século 19, foram fundadas no país cinco fá- bricas de pólvora, 30 fábricas de sabões e velas e 10 fábri- cas de produtos químicos