Industria
A indústria cultural tem invadido cada vez mais a escola, levando a educação no Brasil a uma constante transformação. Essa indústria não atinge somente a escola, mais transforma o valor de troca, dissolvendo assim a verdadeira arte ou cultura de um determinado produto. Classificando os alunos, com "modernidade", coloca-se como se os bons se diferenciassem dos ruins por possuírem um tipo de selo de qualidade. No aforismo O ensino na esteira de Ford, Ramos-de-Oliveira (1998, p. 21-22) revela-nos um pouco do ensino modernizado e uma colocação da ciência norte-americana:
Eis aí o ensino modernizado: grandes unidades para produção do conhecimento. Tudo segundo a ciência norte-americana pragmática e sistêmica: a escola é a grande caixa preta industrial, seu input são os alunos ignorantes, seus output são os alunos diplomados, ou melhor, alguns como produtos com o selo de controle de qualidade, outros destinados ao submercado ou simplesmente refugados. Estamos entrando no industrialismo moderno, na mecânica do fordismo.
Outra forma de influência na educação, nos dias de hoje, é a política, uma vez que não se pode ignorar este fato devido às questões por ela imposta no processo educativo. A política apresenta uma realidade deformada, pois os interesses dos poderosos fazem com que o contexto social em que o homem está inserido seja menosprezado. O termo indústria cultural embora seja usado desde 1947 pode não ser de conhecimento de todos, muito menos da sua influência e perigos. Sutilmente, a indústria cultural usa a televisão, sendo esta de fácil acesso à população, chegando a escola através de programas governamentais, ou por informações veiculadas por outras pessoas. Como a televisão usa de propagandas, recursos visuais, efeitos especiais e publicidade fazem com se crie estereótipos quanto a preconceitos, raças, classes sociais, entre outras. O material pedagógico-didático, também tem sido um meio de invasão por parte da indústria