Industria Cultural
O termo indústria cultural surge a partir da Segunda Revolução Industrial no século XIX na Europa - foi criado pelos filósofos e sociólogos alemães Theodor Adorno e Max Horkheimer- quando se começa a consolidar uma economia baseada no consumo de bens, sociedade do consumo, a fim de designar a situação da arte na sociedade capitalista industrial.
A indústria cultural, segundo Adorno e Horkheimer consiste em “moldar” toda a produção artística e cultural, de modo que elas assumam os padrões comerciais e que possam ser facilmente reproduzidas. Dessa forma, as manifestações de arte não são vistas somente como únicas, extremamente belas, mas principalmente como “mercadorias”, que incentivam uma reedificação (ou transformação em coisa), e a alienação da arte feita para poucos e carentes de uma visão crítica a respeito.
A intenção da indústria cultural não é promover um conhecimento, porque conhecer levanta questionamentos, rompe paradigmas e necessita de novas respostas. Esse sistema incorpora nos participantes uma nova necessidade: a “necessidade do consumo”, geradora de mercadorias próprias para a venda e vinda do capitalismo e desta forma é possível representar e incentivar o produto ao invés do conhecimento. O conhecimento, por sua vez, se torna produto da elite e é sobre esses aspectos que Adorno e Horkheimer questionam quando tratam de indústria cultural. Sobre a forma pela qual as artes e o conhecimento humano são tratadas e se tornaram de fácil manipulação.
No entanto, falar de indústria cultural levanta também questões sobre a comunicação, a cultura e a manipulação de massas tais como a produção de canais, jornais, rádios, revistas e outras formas de descontração baseadas na cultura