Industria cultural
RESUMO
Theodor Adorno e Max Horkheimer. Adorno e Horkheimer analisam o fenômeno contemporâneo da “Indústria Cultural”, sua importância como instrumento de manutenção e reprodução do modo de produção capitalista, suas conseqüências – alienação das massas, massificação das opiniões e tendências através dos “novos” meios disponíveis como o rádio, o cinema e as revistas de circulação nacional. Paralelamente a este fenômeno, percebem como os produtos reproduzidos em série desta subcultura contrapõem-se e acuam as artes e a cultura a ela antecedente.
Como poucos homens de seu tempo, Walter Benjamin pensou o cinema com um equilíbrio inusitado entre a paixão de um simples mortal pela magia das imagens em movimento e sua militante e utópica crença (como bom frankfurtiano não ortodoxo) no papel emancipatório das técnicas de reprodução. As esperanças de Benjamin foram frustradas pelo nazi-fascismo. A técnica, inclusive a do cinema foi usada como "um fetiche do holocausto". Numa época em que a sociedade está cada vez mais deslumbrada com os avanços da tecnologia e que a politica caminha inexoravelmente para "o triunfo da espetacularização", vale a pena retornar a algumas considerações de Benjamin sobre o papel da tecnologia (e o lugar da ética) no universo da arte (e indústria) do cinema.
O ESCLARECIMENTO COMO MISTIFICAÇÃO DAS MASSAS E O PROCESSO IDEOLÓGICO.
De acordo com a interpretação de Adorno, no sistema capitalista a indústria cultural cria e impõe métodos de reprodução de bens, que são padronizados para satisfazer necessidades que são vistas como iguais. O poder econômico dos mais fortes é o próprio poder da racionalidade técnica predominando numa sociedade alienada de si mesma. Dentro desta relação de poder e dominação os monopólios culturais são vistos por Adorno como fracos e dependentes, dando por fim razão aos verdadeiros donos do poder para que a sua esfera na sociedade de massa não seja submetida a uma série de expurgos.
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