industria cultural
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Número 36: Septiembre-Diciembre 2004 / Setembro-Dezembro 2004
Pedagogías high tech / Pedagogias high tech
Índice número 36
A educação como indústria cultural: um negócio em expansão parece estar em jogo quando se trata dos processos de absorção dessas ferramentas pela escola seria o pretexto da modernização das relações sociais, que, nessa fase de reestruturação do sistema capitalista, é representado pela informatização/automação das relações sociais como um todo.
Cabe ressaltar que o emprego do conceito de modernização deve ser diferenciado do conceito de modernidade. Isso porque se o primeiro pode ser compreendido «pelo seu toque voluntário, e não voluntarista, chegando à sociedade por meio de um grupo condutor, que, privilegiando-se, privilegia os setores dominantes», ainda, segundo Faoro, «a modernidade compromete, em seu processo, toda a sociedade, ampliando o raio de expansão de todas as classes, revitalizando ou removendo seus papéis sociais»2.
Haveria, assim, um certo caráter de estruturação/desestruturação que se pode depreender dessa diferenciação da modernidade que permite a identificação de uma contradição: ao mesmo tempo em que para uns, apesar de suas vicissitudes, ela amplia horizontes essencialmente positivos multiplicando relações e o leque de escolhas pessoais, para outros é sua face excludente que se sobressai, evidenciando o quanto suas promessas não foram cumpridas nem o serão, devido a problemas intrínsecos.
De fato, parece haver algo significativo, sobretudo na cultura de massa, dirigida para o lucro e à domesticação dos sujeitos das sociedades contemporâneas. Essa condição vem demandando repensar os efeitos das interações entre a educação e a indústria cultural, que abrange na contemporaneidade os meios de comunicação de massa transformando a escola em um negócio em expansão.
2. Efeitos da relação entre a educação e a indústria cultural: novas individualidades em formação