India uma potencia emergente
Desde finais do século passado, que a Índia vem sendo considerada uma potência emergente na esfera global. Uma condição que o presidente
Obama valorizou, ao afirmar, durante a sua visita a esse país em Novembro de 2010, que a Índia “já não era um poder emergente, mas, sim, um poder mundial”. Naturalmente, estas palavras soaram como música celestial aos ouvidos dos indianos, sempre tão altivos e orgulhosos da sua nação!...
Assim, pela mão dos EUA - e com o aparente aval da Rússia, sua tradicional aliada - a Índia ascendia a um patamar de grande potência, o que tende a legitimar os seus anseios de se tornar um poder incontornável, tanto na região asiática, frente à China, como no mundo multipolar e policêntrico da actualidade.
Esta situação decorre de uma série de indicadores, em que os principais são: a grandeza demográfica da Índia e a sua rápida expansão económica. Em termos demográficos, a Índia é o segundo país mais populoso do mundo, com cerca de um bilião e duzentos milhões habitantes; uma taxa anual de crescimento demográfico, que ronda 1,5%; e uma faixa etária juvenil (abaixo dos 30 anos), que atinge os 60% da população.
Ao contrário de outras nações poderosas, designadamente do Ocidente, a força de trabalho na Índia está em ascensão, o que, numa perspectiva 2 optimista, pode vir a diminuir os índices de dependência dos jovens, graças ao crescimento económico, aos incentivos sociais e às políticas educativas, e a alguma contenção da natalidade. Embora ténues, estes incentivos têm perfilado as prioridades dos últimos governos da coligação UPA, ao elegerem o “homem comum” como alvo privilegiado das suas políticas de carácter social.
Em termos económicos, a Índia tem um crescimento anual que se acerca dos 7,5%, apesar dos efeitos da crise mundial, e posiciona-se no segundo lugar das economias do mundo com um crescimento mais rápido, tendo ultrapassado os 9%, nos anos