Independência do México
1 Introdução
O México foi colonizado pela Espanha por meio das Grandes Navegações a partir do século XV, e durante quase três séculos esteve sob o domínio de espanhóis. Foi somente apenas no começo do século XIX que os movimentos emancipacionistas tomaram força na América Latina, pois as divergências religiosas e políticas haviam aumentado.
A Revolução Francesa, a Revolução Industrial e a independência dos Estados Unidos influenciaram movimentos de emancipação na América Latina, este período foi denominado “Era das Revoluções”. O fato que marca o início destes processos de independência das colônias foi a invasão napoleônica da península ibérica.
Os astecas, toltecas e os maias ocupavam a região muito antes da chegada dos espanhóis. Entre os anos de 1519 e 1521 o México passou a integrar o vice-reino da Nova Espanha, a partir das ações de Hérnan Costés, conquistador espanhol que arrasou as civilizações astecas. Sua independência foi proclamada em 1810, e sua República no ano de 1824.
2 Processo de Independência do México
No começo do século XIX, o Vice-Reino da Nova Espanha era a mais rica e populosa colônia (até mais rica que os Estados Unidos, na época.), era um território que ocupava vastas áreas (atual estado do Arizona à Costa Rica, na América Central). A coroa mantinha um controle abusivo sobre a região, sendo esse o principal motivo das queixas dos criollos. A sociedade na região, assim como nas outras colônias hispânicas, era dividida em:
Guachupins: eram os chamados “espanhóis de nascimento”, possuíam muitos privilégios e ocupavam todos os cargos públicos administrativos e militares da época, controlavam grande parte do comércio exterior, bem como a produção de vinho e as indústrias têxteis.
Criollos: apesar de serem considerados parte da “elite local” (descendentes de espanhóis), não tinham os mesmos privilégios que os guachupins. Esta camada social era formada por ricos proprietários de terras, de minas e do comércio.